Autora: Jane Austen
Tradução: Adriana Sales Zardini
Editora: Martin Claret
Páginas: 536
Sobre
Rica, bonita e
inteligente. É assim que conhecemos Emma na primeira página. A moça era a caçula
de duas filhas e perdeu a mãe muito cedo. E, depois do casamento da
irmã mais velha, Isabella, tornou-se, ainda bem jovem, responsável pela casa.
Seu pai era um
senhor muito benevolente, extremamente metódico e tinha
um medo absurdo de ficar doente. Além disso, era muito apegado à filha. Tanto
que conseguiu convencê-la de que o casamento era um péssimo negócio.
Basicamente, o livro mostra o cotidiano de Emma e apresenta uma crítica brilhante, ácida e, ao mesmo tempo, divertida a vários comportamentos da sociedade do século XIX, como a importância da boa posição social para os relacionamentos em geral.
Considerações
O primeiro pensamento que veio à minha mente depois de ler a obra foi o seguinte: por mais que as nossas intenções sejam as melhores, é impossível saber verdadeiramente o que é bom ou ruim para alguém. Afinal, cada pessoa é única e tem gostos e necessidades distintas.
Pois bem, Emma não pensava dessa forma. A protagonista gostava
de manipular a vida das pessoas de acordo com o que considerava adequado e
tinha como justificativa a intenção de ajudar.
Emma é extremamente egocêntrica e mimada. Além disso, durante a leitura, não consegui identificar uma mudança real da personagem. Isso porque, a meu ver, ela não vivenciou nada que lhe desagradou ao extremo. É claro que muitas situações não atenderam às suas expectativas, mas nada muito impactante.
É por isso que me atrevi a pensar em como ela se comportaria caso os acontecimentos não
favorecessem a sua felicidade. Afinal, não deve ser muito difícil sentir que a vida está seguindo bem quando tudo no final das contas colabora para o próprio bem-estar, não é mesmo?
O personagem mais sensato dessa trama é o Sr. Knightley (irmão do marido de Isabella e amigo da família). Descrito como um homem de boa posição social, respeitável e bondoso, não colocava panos quentes nas atitudes de Emma e estava sempre chamando a atenção da moça, não com o intuito de criticar, mas de ajudá-la a enxergar a realidade.
Amei a experiência de leitura desse livro. Entretanto, Orgulho e Preconceito tem um lugar especial no meu coração.
Curtiu esta ideia sobre o livro Emma? Aproveite a visita para ler também “Um Conto de Natal”.
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