“Abismo”. Na maioria das vezes em que lia ou ouvia algo a respeito da obra de Dostoiévski, percebia que essa palavra estava presente. Claro que me sentia intrigada, mas só pude ter a mínima noção do que se tratava quando terminei essa leitura. Em “Memórias do subsolo", conhecemos a mente de um homem e alguns fatos de sua vida narrados sob seu ponto de vista. O homem do subsolo se considera mais inteligente do que muitas pessoas. Além disso, ele gosta de subjugar moralmente alguns indivíduos. Ainda assim, na sua perspectiva, as pessoas devem se sentir felizes por ter a honra da sua ilustre presença. Em contrapartida, o narrador é um homem que se sente insignificante. Suas ações são guiadas pelo rancor. Vaidade, inveja e raiva também acompanham sua rotina. E, quando as emoções baixas se fazem ausentes, ele encontra uma forma de senti-las novamente. Afinal, para esse sujeito, essa é uma forma de experienciar a vida e sair da inércia destinada às pessoas como ele, as de consciência e