- Autora: Taylor Jenkins Reid
- Páginas: 360
- Editora: Paralela
Sobre
Daisy Jones & The Six traz a
história de uma banda fictícia que estava no auge da fama na década de 1970,
mas que se separou depois de um show.
Na trama, conhecemos Daisy Jones, uma jovem linda. Ela tinha um temperamento forte, um talento nato para a música e uma voz inigualável. Além de todos esses atributos, compunha muito bem.
Conhecemos também Billy Dunne,
vocalista e guitarrista da banda The Six. Era um músico muito competente, sabia
o que queria e tinha um objetivo claro em relação ao futuro da banda.
Depois da participação de Daisy em uma das
faixas de um álbum e da excelente repercussão, não teve jeito, todos sabiam que
ela deveria fazer parte da banda, e foi isso que aconteceu.
Contudo, apesar de concordar, Billy sentiu-se
extremamente desconfortável com a entrada da jovem. Pois, além de não acatar o
que ele decidia, ela era a representação de tudo o que ele estava tentando
fugir.
Com uma história narrada a partir de
entrevistas, conhecemos a trajetória da banda de uma forma mais profunda e
revivemos uma história regada a muita música, conflitos e dramas.
Considerações
Esse foi o meu primeiro contato com a escrita
da autora, e amei a experiência. Foi uma leitura muito, muito fluida. Sério, não
consegui parar de ler. E, sim, depois de terminar o livro, é impossível não
pensar que a banda é real!
Os
personagens são como nós, têm virtudes, mas também lutam ao lidar com as próprias sombras. O que torna tudo ainda mais factual.
Percebi como era difícil para uma mulher
conseguir ser reconhecida como um ser pensante dentro daquele contexto. Além da Daisy, temos outra personagem feminina na cena, Karen, a tecladista da banda, que traz umas sacadas incríveis.
O livro aborda temas, como drogas, autorresponsabilidade, família e empatia. Também mostra que, por trás dessas estrelas da música, existiam
pessoas com sentimentos, pessoas que, apesar de todos os problemas, estavam lá
correndo atrás dos seus sonhos.
“Nessa época, eu me achava superimportante,
mas ao mesmo tempo não me valorizava nem um pouco. Por mais bonita que eu fosse,
ou por melhor que fosse minha voz, ou por mais famosas que fossem as revistas
em que aparecia na capa. Tipo, tinha um monte de adolescentes que queriam ser como
eu no fim dos anos 70. Eu sabia muito bem disso. Mas o único motivo para as
pessoas pensarem isso era que eu tinha tudo o que é possível ver.
Só que não tinha nada do que não é possível ver.
As drogas certas são capazes de disfarçar o fato de que você não
sabe se está feliz ou não. Fazem você pensar que ter companhia é a mesma coisa que ter amigos.” Pág. 207
Amei a obra. Contudo, essa não foi uma leitura que deixou o meu coração quentinho. Muito pelo contrário, depois de ler a última página, fiquei refletindo sobre o que de fato é amar, em como cada escolha, inevitavelmente, traz algumas renúncias.
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