- Autor: Fiódor Dostoiévski
- Tradutor:Rubens Figueiredo
- Editora: Penguin-Companhia
Um sonhador. Quatro noites. A possibilidade da felicidade.
O protagonista é um homem solitário que usa a fantasia como uma forma de escapar de sua condição. Ele tinha o hábito de vagar pelas ruas de São Petersburgo observando pessoas e casas, cantarolando e compartilhando seus sentimentos com a cidade.
“Eu caminhava e cantava, porque, quando estou feliz, sempre cantarolo algo baixinho, como faz qualquer pessoa feliz que não tem amigos nem bons conhecidos e que, nos momentos alegres, não tem com quem dividir sua alegria.”
Mas algo mudou quando, em uma de suas caminhadas, ele conheceu a jovem Nástienka. Depois desse encontro inesperado, esse homem, que se denominava um sonhador, teve um vislumbre da ausência da solidão e a experiência de dividir um pouco de si com uma pessoa real.
O enredo se desenvolve em quatro noites, e o sonhador é quem narra os eventos para o leitor.
Considerações
Eu amei o narrador e a profundidade de suas palavras, que estabeleceram um vínculo com meus pensamentos e sentimentos.
Essa conexão com a narrativa me levou a um lugar de reflexão interessante, pois me fez pensar sobre como é difícil manter a perspectiva de um sonhador. Afinal, com o passar dos anos, ganhamos experiência e maturidade. E isso nos faz, de certo modo, endurecer a nossa forma de enxergar a vida.
“Meu Deus! Um minuto inteiro de felicidade! Acaso isso é pouco, mesmo para uma vida humana inteira?... “
Foi o meu primeiro contato com a obra do Dostoiévski, e estou curiosa para conhecer outros livros do autor.
Curtiu esta ideia sobre "Noites Brancas"? Então, leia também "O Deserto dos Tártaros"!
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