Autor: Blake Crouch
Editora:
Intrínseca
Páginas:
320
Sobre
Imagine acordar um dia e ter lembranças nítidas de coisas que nunca aconteceram em sua vida. Coisas, como filhos, outra família e até um relacionamento com uma pessoa que você nunca viu. Desesperador, não é mesmo?
Pois
bem, é justamente esse fenômeno que o policial Barry Sutton está investigando.
Helena Smith é uma neurocientista que tem como missão ajudar pessoas que sofrem de Alzheimer. Para isso, ela desenvolveu uma
tecnologia que pode revolucionar o tratamento da doença.
Quando a cientista recebeu uma proposta de
financiamento, pensou que finalmente estaria contribuindo para o bem da
humanidade.
O problema é que, quando se envolve poder, até
algo que deveria ser usado para o bem pode se tornar, na verdade, uma
ferramenta de destruição e manipulação.
Mas é durante as investigações que os caminhos de Barry e Helena se cruzam. E, a partir desse encontro, os dois unem forças para tentar salvar o futuro da humanidade.
Conhece Recursão? Eu já li e, nas próximas linhas, vou compartilhar minha experiência com você. Confira!
Considerações
Blake Crouch
tem uma escrita envolvente e fluida. O desenvolvimento da trama é em terceira
pessoa e caminha por meio de duas linhas do tempo nas quais a gente acompanha o
passado e o presente de Helena e Barry.
Gostei muito da construção dos personagens, dos conflitos
presentes na história e da mistura dos temas viagem no tempo e memória.
Além de abordar como o poder em mãos erradas pode ser
catastrófico, a obra oferece discussões interessantes sobre lidar com eventos
da vida: alegrias, tristezas, ganhos e perdas.
Não posso deixar de destacar um aspecto que fez toda a diferença
na minha experiência de leitura: Barry e seus momentos de reflexão. Essas
passagens, a meu ver, adicionaram um toque poético à narrativa.
Se você não está familiarizado com ficção científica, esse livro
pode ser um ótimo começo, pois todas as explicações mais complexas - marcantes
nesse gênero literário – são apresentadas de forma bem tranquila.
Quotes
“O desespero é coisa da minha cabeça, uma peça que a escuridão prega.”
“Nos últimos tempos ele tem lido os grandes filósofos e físicos. De Platão a Aristóteles. Do tempo absoluto de Newton à cosmologia relativística de Einstein. Uma verdade parece estar emergindo da cacofonia de teorias e filosofias: ninguém tem a menor ideia do que constitui a realidade. Santo Agostinho exprimiu perfeitamente isso, ainda no século IV: "O que é o tempo, então? Se ninguém me perguntar, eu sei; mas, se explicar a alguém que me pergunte, não sei."”
“Viver
com um macete não é viver. Nossa existência não é algo a ser arquitetado ou
otimizado para evitar a dor.
É nisso que consiste ser humano: a beleza e a dor, pois uma não tem significado sem a outra.”
Curtiu esta ideia sobre Recursão? Sim? Então, talvez você goste de ler também “Resenha: Flores para Algernon”!
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