Razão e Sensibilidade

• Autora: Jane Austen
• Editora: Pé da Letra
• Páginas: 336

Sobre

Elinor, Marianne e Margaret eram filhas do segundo casamento do Sr. Dashwood. Elas tinham uma vida confortável e viviam na propriedade da família, localizada em Norland Park. 

John era o filho do primeiro casamento. Financeiramente falando, o jovem estava muito bem, pois, além de herdar a fortuna da mãe, casou-se com uma mulher de uma família muito rica.

Suas meia-irmãs e madrasta, por sua vez, apesar de morarem na grande propriedade da família, não contavam com nenhuma grande fortuna para assegurar o futuro. 

Pensando nisso, quando estava muito doente, o Sr. Dashwood pediu a John que amparasse as irmãs e a madrasta depois da sua morte. Isso porque, de acordo com as regras daquele tempo, o filho herdaria a propriedade.

O rapaz até que achou sentindo e se comoveu com o pedido do pai. Mas, depois que o patriarca faleceu, as coisas não ficaram nada boas para o lado das meninas e da mãe delas.

Movido pela ganância e incentivado por sua esposa, John tomou posse da propriedade. 

A sorte dessas mulheres foi poder contar com a bondade de um parente da mãe que disponibilizou um chalé em Devonshire para que elas pudessem morar.

Agora, imagine a situação. Uma senhora e três jovens que tinham tudo do bom e do melhor precisando se adaptar a uma vida mais simples.

É a partir dessas grandes mudanças que conhecemos mais de perto Elinor e Marianne e entendemos como cada uma, de acordo com seu temperamento, lida com as desilusões diante de uma sociedade na qual o ter muito dinheiro é requisito básico para ser aceito.

Já leu Razão e Sensibilidade? Eu li e quero contar um pouco mais da minha experiência para você. Acompanhe!

A autora

Jane Austen (1775- 1817) é considerada uma das mais importantes autoras da literatura mundial. 

Desde muito jovem, sempre apreciou a leitura. Aos 19 anos, terminou de escrever seu primeiro livro, Lady Susan. Em 1797, ela concluiu a escrita de Razão e Sensibilidade, que foi publicado em 1811, e Orgulho e Preconceito, publicado em 1813. Em 1814, publicou Mansfield Park. No ano seguinte, Emma. 

Depois da sua morte foram publicados Persuasão e Lady Susan. Ela deixou obras inacabadas  que foram finalizadas e publicadas por um sobrinho em 1871.

Curiosidade: os livros da autora eram publicados sob o pseudônimo de “By a Lady”. Já podemos até imaginar o motivo, não é mesmo? No século 18 e 19, as mulheres eram restritas ao cuidado do lar, e desempenhar uma atividade como a escrita era praticamente um escândalo. 

Considerações

Foi o meu terceiro contato com a escrita da autora, e só posso dizer que Jane Austen não decepciona.

O que eu mais gosto nos livros dessa escritora são as alfinetadas que ela vai dando ao longo da narrativa. O mais incrível disso tudo, a meu ver, é a mistura da acidez com a elegância.

Na trama, as filhas do Sr. Dashwood passam por desilusões bem parecidas. E acompanhar a diferença de como cada uma lidou com esses problemas foi muito interessante.

Afinal, Elinor era mais racional, sabia conter as emoções e estava sempre pensando no bem-estar da família. Marianne era mais sensível, colocava intensidade em tudo o que queria fazer e era muito generosa e amigável. 

Com toda essa dualidade, no começo, o leitor pode até achar que uma irmã age melhor do que a outra. Mas, à medida que a história avança, fica evidente a importância do equilíbrio entre essas características para uma boa comunicação e relacionamentos mais saudáveis.

Bem, gostei demais do livro. Porém, Orgulho e Preconceito continua sendo meu amorzinho. 

Em relação à edição, nem preciso comentar sobre a beleza dessa capa, não é mesmo? Por dentro, as folhas são do tipo amareladas. A diagramação está ok. Achei alguns errinhos de digitação no final do livro, mas nada que prejudicou minha experiência de leitura. 

Eu paguei cerca de R$20,00 por esse livro e achei que valeu cada centavo.

Link do livro na Amazon.

Curtiu esta ideia sobre Razão e Sensibilidade?  Se sim, aproveite e leia também: “Resenha: Emma”!