“Ética a Nicômaco” é uma das mais expressivas obras de Aristóteles sobre ética e moral. O livro reúne 10 tratados que apresentam uma investigação de temas, como felicidade, virtudes morais e intelectuais, vícios, prazer, amizade e amor.
Nicômaco era o filho de Aristóteles. Alguns estudiosos acreditam que o filósofo dedicou o livro ao seu descendente.
Bem, este post não é uma resenha. Contudo, quero compartilhar algo marcante para mim, a felicidade segundo Aristóteles, ou a Eudaimonia.
Para o filósofo, a felicidade (Eudaimonia) não é um estado emocional transitório, mas sim o bem viver e o bem agir, a plenitude da vida, alcançados por meio do exercício da razão e prática das virtudes.
“... a felicidade é uma atividade; e a atividade, evidentemente, é algo que se faz e que não está presente desde o princípio, como se fosse algo que nos pertencesse.”
No que tange à minha experiência de leitura, destaco o quanto esse livro me tirou da zona de conforto. Afinal, quando me deparei com os argumentos sobre o exercício das virtudes, pude entender a importância do bem realizável por meio da prática. E, principalmente, analisar o que realmente tem influenciado minhas escolhas cotidianas e as consequências dessas decisões.
“De todas as coisas que chegam até nós por natureza, primeiro adquirimos a potência e mais tarde exteriorizamos os atos. Isso é evidente no caso dos sentidos, pois não é por ver ou ouvir com frequência que adquirimos a visão ou a audição; ao contrário, nós já as possuíamos antes de usá-las; não é por utilizá-las que nos apropriamos delas. Mas com as virtudes acontece o contrário: nós as adquirimos ao exercitá-las, como também ocorre no caso das artes. Quanto às coisas que precisamos aprender antes de poder realizá-las, nós as aprendemos na ação de fazê-las.”
Gosta de livros de Filosofia? Se sim, aproveite a visita para ler também "Sobre a Vida Feliz"!
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