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O Quebra-Nozes

O Quebra-Nozes

Apesar de ter ganhado presentes maravilhosos na véspera de Natal, Marie se apegou a um quebra-nozes em formato de boneco que, sendo sincera, passava longe do quesito beleza.


Ao final da noite, depois de alguns acidentes com seu novo brinquedo, Marie não poupou esforços para arrumar um cantinho apropriado para o quebra-nozes no armário da sala.


Após cumprir sua missão, a meiga garotinha - ainda na sala - não esperava ouvir ruídos estranhos em vez do cuco tradicional do relógio. E o pior de tudo foi ver seu padrinho, o inventor Drosselmeier, sentado em cima do grande relógio de parede e, em seguida, se deparar com um exército de camundongos liderado por um rei de sete cabeças.


Mas se você pensa que as surpresas acabaram por aí, não se engane. Afinal, Marie viu os brinquedos do armário ganhando vida e, sob o comando do quebra-nozes, se organizando para enfrentar os invasores.


A partir desse momento, ela conhece uma realidade misteriosa e até um pouco assustadora, vive aventuras, descobre reinos e se torna parte da história do seu amado brinquedo.


Considerações


Uma das características que amo nas histórias de Natal é o poder que elas têm de mergulhar minha imaginação em outros universos.


“O Quebra-Nozes”, além de envolver o leitor de qualquer idade, propicia ricas reflexões sobre nossos critérios para enxergar o valor do próximo.


Bem, se você perguntar qual é a minha versão preferida, certamente ficarei em dúvida. Pois, a meu ver, Alexandre Dumas preenche a história com elementos que ajudam o leitor a entrar em uma atmosfera mais suave da história. E.T.A. Hoffmann, por sua vez, apresenta sua narrativa de uma maneira mais sucinta. Mas se eu pudesse fazer algo diferente, para ter uma opinião mais concreta, leria cada versão em um mês.


Amei conhecer essa história por meio desta edição lindinha da Zahar. Além da versão clássica e versão original, o leitor conta com uma apresentação que enriquece a experiência de leitura.

Curtiu esta ideia sobre “O Quebra-Nozes”? Que tal aproveitar a visita para ler também "Um Conto de Natal"?

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