A crônica do matador do rei: primeiro dia
Autor: Patrick Rothfuss
Editora: Arqueiro
Páginas: 768
Sobre
Criado como Kvothe, mas chamado por vários outros nomes e, com certeza, muitos já devem ter
ouvido algo sobre ele.
Agora, ele é Kote, dono da
Pousada Marco do Percurso e está diante do cronista que deseja registrar sua
história de vida.
Três dias é o tempo que o
jovem anfitrião precisa para contar a sua história. E é o que vamos encontrar
nesse primeiro volume: o primeiro dia no qual Kote narra sua trajetória para o
escriba.
Kvothe percorre todas as
suas lembranças: desde a época em que viajava com a trupe de artistas e com os pais, o primeiro contato com as simpatias, o ponto no qual a vida dele mudou completamente, como foi manter a perseverança e seguir em meio a tantas dificuldades, a experiência na Universidade e
muito mais.
Já leu O Nome do Vento? Eu li e quero compartilhar um pouco das minhas
impressões com você. Acompanhe!
Considerações
Esse foi o meu primeiro
contato com a escrita do autor, e só posso dizer que estou encantada.
Patrick Rothfuss tem uma escrita muito poética. Gostei da forma como ele construiu sua narrativa. A minha experiência de leitura foi bastante fluida.
O cenário da trama foi muito bem estabelecido. Um detalhe interessante é que esse universo criado pelo autor, mesmo apresentando muitos detalhes, é fácil de ser entendido e visualizado. Por isso, o jeito que essa história foi escrita fez toda a diferença para mim.
E o que dizer dos personagens? Kvothe é um protagonista
cheio de camadas. Ao conhecê-lo um pouco mais, a gente entende que ele é alguém
que passou por diversas situações difíceis na vida, mas que sempre esteve ali se
movimentando para alcançar seus objetivos. Além de toda a profundidade, sem
dúvida, a característica mais marcante e bonita desse jovem é o seu amor pela música.
Além de Kvothe, temos muitos outros personagens interessantes na trama, como seus pais, o Abenthy, os amigos que ele faz na Universidade de Magia, a Auri e os professores, nesse quesito, preciso destacar o Elodin, ele é muito excêntrico.
Eu
li nessa edição maravilhosa que, além de conter ilustrações lindíssimas, tem
uma nota do autor e um apêndice sobre a história, o sistema monetário desse
universo, o calendário dos Quatro Cantos da Civilização e um guia de pronúncia
de nomes.
Quotes
“Meu avô sempre me disse que o outono é a época certa para arrancar as coisas que a gente não quer que voltem a incomodar - disse, e acrescentou, imitando o tremor da voz de um velho:-"As coisas ficam muito cheias de vida na primavera. No verão ficam fortes demais e não se soltam. O outono..." - Interrompeu-se e deu uma espiada em volta, observando as folhas que mudavam de cor nas árvores. - "O outono é a época. No outono tudo se cansa e fica pronto para morrer." “
“Quando crianças, raramente pensamos no futuro. Essa inocência nos deixa livres para nos divertirmos como poucos adultos conseguem. O dia em que nos inquietamos com o futuro é aquele em que deixamos a infância para trás. “
“Porque o orgulho é uma coisa estranha, e porque a generosidade merece ser retribuída com generosidade.”
“As cordas provocaram uma sensação estranha em meus dedos, como a de amigos que se reencontram depois de haverem esquecido o que tinham em comum. Toquei baixo e devagar, sem levar as notas além do círculo de luz de nossa fogueira. Dedos e cordas travaram uma conversa cuidadosa, como se sua dança descrevesse os versos de um enamoramento.”
“As palavras são pálidas sombras de nomes esquecidos. Assim como os nomes têm poder, as palavras têm poder. Elas podem acender fogueiras na mente dos homens. As palavras podem arrancar lágrimas dos corações mais empedernidos.”
Curtiu essa ideia sobre O Nome do Vento? Então, aproveite a visita para ler também “Resenha: A Revolução dos Bichos”!
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